23 de jul. de 2012

Emprego formal cresce nas favelas do Rio com UPPs, diz governo





Segundo Firjan, Borel tem 65,7% dos trabalhadores com carteira assinada. Para o governo do estado, microcrédito ajuda a sair da informalidade.




Cresce o número de trabalhadores com carteira assinada nas favelas do Rio ocupadas por Unidades de Polícia, informou o governo do estado do Rio nesta segunda-feia (23).
Citando  pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o governo afirma que nas favelas da Zona Norte do Rio que têm UPP (Turano, Andaraí, Salgueiro, São João, Formiga, Macacos, Borel) a taxa de ocupação formal chega a 60,3%. Já na Zona Sul (Chapéu-Mangueira, Tabajaras, Babilônia, Cantagalo, Santa Marta, Pavão-Pavãozinho), o índice chega a 56,5%. As duas marcas são superiores ao percentual de emprego formal na Região Metropolitana, que é de 45,8%, diz a pesquisa.
A Firjan explica ainda em seu estudo que os empregos formais nas comunidades analisadas são superiores aos da Região Metropolitana por que nessa região se concentram mais empregadores e funcionários públicos e militares.
Das regiões ocupadas com UPPs consultadas pela Firjan, é a comunidade do Borel, na Zona Norte, que se destaca em número de trabalhadores com carteira assinada (65,7%). O estudo analisa taxas de emprego e renda, escolaridade e acesso a novas tecnologias, dados que nortearão o planejamento de ações do projeto social Sesi Cidadania.
“Assim que essas comunidades foram pacificadas, o governo entrou com a Caravana do Trabalho, possibilitando a inscrição no microcrédito para que esses moradores saíssem da informalidade. Muitas pessoas, antes ligadas a atividades ilícitas, procuraram o serviço em busca de um emprego com carteira assinada”, explicou o secretário de Trabalho e Renda, Paulo Novaes.


O estudoda Firjan ressalta, porém, que a forte presença de vínculos formais de trabalho nas comunidades não significa salários mais elevados.
Na análise da renda domiciliar per capita, os moradores do Pavão-Pavãozinho têm a maior renda (R$ 755) e os do São João, a menor (R$ 361). Mas todas as comunidades analisadas apresentam renda domiciliar per capita inferior à média das regiões metropolitanas brasileiras (R$ 928). Os moradores das UPPs da Zona Sul têm renda domiciliar per capita 52,6% maior que os moradores das UPPs da Zona Norte. Na Zona Sul a renda média é de R$ 644 enquanto na Zona Norte é de R$ 422.
Com relação ao acesso a novas tecnologias, foram pesquisados os moradores que possuem celular, internet e TV por assinatura. No Chapéu Mangueira, com o maior resultado, 92,2% possuem celular. Já o Turano é a comunidade com maior porcentagem de moradores com internet própria (40,2%) e o Pavão-Pavãozinho tem o maior número de moradores com TV por assinatura (52,9%).


POR: Raphael Dantas (@RaphaelDantasRJ) 

Fonte: http://g1.globo.com



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