Complexo do Alemão

Complexo do Alemão é um conjunto de treze favelas da Zona Norte do Rio de Janeiro, no Brasil. É considerada uma das áreas mais violentas da cidade.[1]
Com uma área de 296,09 hectare (2003) (cerca de três quilômetros quadrados), o complexo conta com uma população de 65 026 habitantes (censo de 2000), distribuídos por 18 245 domicílios.

História

O bairro foi erguido sobre a Serra da Misericórdia. Sua forma de formação é vertical , uma formação geológica de morros e nascentes, quase toda destruída pela construção do complexo. Restam poucas áreas verdes na região, apesar dos esforços de preservação empreendidos por organizações atualmente.
Na década de 1920, o imigrante polonês Leonard Kaczmarkiewicz adquiriu terras na Serra da Misericórdia, que era então uma região rural da Zona da Leopoldina. O proprietário era referido pela população local como o alemão e logo a área ficou conhecida como Morro do Alemão.
A ocupação no entanto, só começou em 9 de dezembro de 1951, quando Leonard dividiu o terreno para vendê-lo em lotes. Ainda nos anos 1920, se instalou, na região, o Curtume Carioca e, na sequência, muitas famílias de operários se instalaram nas imediações. A abertura da Avenida Brasil, em 1946, acabou por transformar a região no principal polo industrial da cidade. O comércio e a indústria cresceram e diversificaram-se, mas a ocupação desordenada dos morros adjacentes, que teve seu boom no primeiro governo de Leonel Brizola, acabou por dar lugar às favelas do Complexo do Alemão.[2]
Ainda há áreas de mata e pontos de nascentes de rios que são usados como fonte de água. Todavia, logo após a nascente, os rios já se tornam valões de esgoto, devido a falta de rede canalizada. Boa parte da serra foi destruída devido às pedreiras, muito comuns a partir da metade do século XX. Hoje em dia, tal empreendimento ainda é autorizado, mesmo a Serra da Misericórdia sendo considerada Área de Proteção Ambiental.

Complexo do Alemão em 2010

Em 25 de novembro de 2010, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, com apoio da Marinha do Brasil, fez uma operação especial para tomar o controle da Vila Cruzeiro. Os traficantes fugiram para o Complexo do Alemão e, no dia 26 de Novembro, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, a Polícia Federal, a Polícia Civil e as Forças Armadas se posicionaram nos arredores do Complexo do Alemão, buscando tirar o controle do tráfico nesta região, como foi feito na Vila Cruzeiro no dia anterior. Houve intensa troca de tiros entre traficantes e policiais militares no início da noite do dia 26. Duas pessoas ficaram feridas, incluindo o fotógrafo da agência de notícias Reuters, Paulo Whitaker, baleado no ombro e um motorista da imprensa, que se escondia em um bar e foi atingido por estilhaços. Mais cedo, o traficante Anderson Roberto da Silva Oliveira, o Dande, foi preso por policiais da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos. Até aquela tarde, 36 pessoas já tinham sido mortas durante a onda de violência no Rio.[10]
A polícia apreendeu mais de trezentas motos na Favela do Cruzeiro, onde também foram encontradas munições e cerca de duas toneladas de maconha, além de cocaína e crack. O Complexo do Alemão ainda era o refúgio dos grandes traficantes de favelas vizinhas, tomadas pelas unidades de polícia pacificadora. Os traficantes, diante da perda de território, passaram a cometer atos terroristas pela Região Metropolitana do Rio de Janeiro, gerando desordem e pânico na população.
Em 28 de novembro de 2010, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (PMERJ) e as forças armadas fizeram uma operação para a retomada do Complexo do Alemão. Os traficantes fugiram pela mata, devido a sua topografia desigual. Nesta operação, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (PMERJ) apreendeu cerca de quarenta toneladas de maconha, cocaína, crack e armas de grosso calibre. Seria efetuado o balanço final somente no final da operação.
No dia 27 de novembro, ao final da tarde, cerca de 31 traficantes se renderam à polícia. O Complexo do Alemão foi controlado pela Polícia com apoio das Forças Armadas. Prevê-se que o Exército permaneça na área até que seja instalada uma Unidade de Polícia Pacificadora na região.

Cultura

Na Alvorada, está localizada o GRES Paraíso da Alvorada, que representa o Complexo do Alemão no Desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro

Teleférico

Semelhante ao teleférico da cidade de Medellín, o Teleférico do Complexo do Alemão foi criado com capacidade para transportar dez passageiros em cada cabine, com um total de 152 cabines. Ligando a estação de Bonsucesso da Supervia até o ponto mais alto do morro, foi inaugurado no dia 7 de julho de 2011. Possui seis estações:
Bonsucesso
Morro do Adeus
Morro da Baiana
Morro do Alemão
Itararé
Palmeiras










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